sábado, 6 de novembro de 2010

VILLAS-BOAS: O SEMEADOR DE VENTOS...


«O Benfica, que se perspectivava na máxima força, super elogiado, o super ataque do Benfica, campeão nacional, que dificilmente alguém pararia chocou contra um grande adversário na Supertaça», acrescentou.
Villas-Boas, que acredita que o FC Porto quer dar um grito de revolta em relação ao que aconteceu na última temporada, onde o Benfica foi campeão, frisou que a sua equipa está motivada.
«Sou um homem que acredita nos valores da transcendência e da motivação. Sem dúvida que naquele dia, naquele balneário houve um grito de revolta que vai continuar. Se pensam que o grito de revolta do FC Porto acabou, ele continua relativamente ao ano passado», concluiu.

(Transcrição de parte da notícia da TSF, na página da Internet http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Desporto/Interior.aspx?content_id=1704647)

Villas-Boas, como se vê, aprendeu alguma coisa com Mourinho, do qual só aparentemente se tenta distanciar. Imita-lhe o estilo, a pose, e até as declarações.
Claro que não consegue igualar o Mestre, mas esforça-se, o que, convenhamos, para um antigo olheiro do "Special One" não está nada mal...
O grito de revolta de que fala, de preferência antes dos jogos com o Benfica, destina-se, como já se percebeu, a motivar os seus pupilos, mais do que qualquer outra coisa, mas falta-lhe originalidade e cheira a bafio.
Mas se estou enganado, e Villas-Boas fala de revolta porque entende que o Benfica não foi um justo campeão nacional e que não foi a equipa que melhor futebol praticou durante a época, vai sendo tempo de nos dar a conhecer os fundamentos em que se baseia.
Porque se insistir nesta tónica, e atento o seu exíguo curriculum, seja como jogador, seja como treinador, corre o sério risco de vir a ser considerado mais um psicologista de pacotilha, como muitos que por aí andam, coisa que seria péssima para quem demonstra tanta ambição e tem tanto para provar na profissão...
Para começo de carreira, Villas-Boas demonstra exceder, em verbo e ousadia, as qualidades reveladas na profissão, o que talvez não seja o mais recomendável, para quem acabou de se iniciar e parece ainda não ter percebido que a cópia é sempre muito pior do que o original.
Talvez fosse tempo de alguém lhe lembrar que, no futebol, como na vida, apesar de, aos vencedores, quase tudo ser perdoado, "quem semeia ventos, colhe tempestades"...

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