sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

FROM RUSSIA WITH...MONEY


A FIFA decidiu atribuir à Rússia a organização do campeonato do mundo de futebol, em 2018.
A candidatura ibérica, que recolheu o segundo maior número de votos, reunia, segundo os especialistas da FIFA, melhores condições para organizar o evento, mas isso não foi suficiente para impedir a escolha do candidato menos recomendado...
No que me diz respeito, só lamento a não atribuição do Mundial 2018 à Espanha, e Portugal, na medida em que não terei a possibilidade de confirmar, ou não, o papel de absoluta menoridade que, em meu entender, nos estava confiado, em todo o processo.
Quanto ao resto, registo a habitual coragem e frontalidade dos ingleses, que custou a eliminação da sua candidatura, logo na primeira volta, e a indignação de Putin, ante as acusações de corrupção.
Aliás, a justificação de Putin, para a sua ausência do sorteio, merece-me a mesma credibilidade que todo o processo de escolha.
Quando Putin diz que esteve ausente para que a decisão da FIFA fosse tomada "sem pressão externa e de maneira objectiva", está a pedir que alguém lhe explique que existem pressões legítimas e outras que o não são. Mas disso, Putin sabe, como muito poucos...
E a presença de Putin em Zurique, para defender a sua causa, seria, decerto, mais compreensível e aceitável, do que a sua viagem triunfal, depois de oficializada a vitória, antecipadamente anunciada...
Para a posteridade ficam as rugas na testa de Blatter, como se pode ver na foto, no momento do anúncio da decisão, que não me parecem próprias de um homem descontraído...
Com esta escolha, Blatter garantiu a sua reeleição, à frente dos destinos da FIFA, mas o organismo responsável pelo futebol mundial ficou, uma vez mais, sob suspeita.
É que todos sabemos que as pressões ilegítimas se fazem, sempre, ás escondidas.
Mas o que nunca saberemos, ou saberemos tarde demais, é se, na sua viagem para Zurique, Putin se terá feito acompanhar do livro de cheques...

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