quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O FUTEBOL QUE TEMOS


Manuel Fernandes, o treinador do Vitória, de Setúbal, anunciou, após o jogo com o Futebol Clube do Porto, que admitia a possibilidade de abandonar o futebol, quando terminar o contrato que o liga ao clube sadino.
Indignado com a arbitragem do jogo, que deu a vitória ao Porto, por 1-0, ao assinalar um penalti inexistente, Manuel Fernandes recusou alongar-se em comentários, para não ser castigado, e remeteu para o trabalho dos jornalistas a apreciação do trabalho do árbitro.
Seja como for, a verdade é que o Porto voltou a somar 3 pontos, graças a mais um clamoroso erro de arbitragem, o que sucede pela terceira, ou quarta, vez esta época, e quando vamos, apenas, na 12ª jornada.
Quando se falava, à boca cheia, dos resultados fabricados pelos árbitros, mas não se conheciam as escutas, a sucessão de erros de arbitragem, sempre em favor da mesma equipa, ou para seu benefício directo, podiam, ainda que ingenuamente, ser atribuídas a lamentáveis coincidências, e ao natural erro humano.
Agora, depois de tudo o que se viu e ouviu sobre a escolha dos árbitros e as suas classificações, torna-se difícil acreditar que tantos erros, em benefício dos suspeitos do costume, não sejam motivados por alguma mão invisível...
Ou, se preferirem, por uma mão que, sendo visível, muitos se recusaram, e recusam, a querer ver.
Conhecedor do nosso futebol e homem de reconhecida seriedade, Manuel Fernandes sabe do que fala, e o que disse, e deixou entender, devia merecer reflexão, por parte de todos os que gostam de futebol, mas, infelizmente, as suas palavras cairão, como as de tantos outros, em saco roto.
É pena, mas é o futebol que temos...

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